sexta-feira, 17 de maio de 2013

NAe São Paulo (A-12) O Porta Aviões da Marinha Brasileira

Construído na França entre 1957 e 1960, serviu à Marinha da França como porta-aviões da Classe Clemenceau sob o nome FS Foch, uma homenagem aFerdinand Foch, comandante das tropas aliadas durante a Primeira Guerra Mundial.
Adquirido pelo equivalente a 12 milhões de dólares norte-americanos em setembro de 2000, foi recebido operacional pela Marinha do Brasil a 15 de Novembro desse mesmo ano, no porto de Brest, na França, quando teve passada a sua Mostra de Armamento.
Com 50% mais velocidade e podendo transportar o dobro de aeronaves que o antigo NAeL Minas Gerais (A-11), o NAe São Paulo (A-12) opera aviões de ataque AF-1 e helicópteros, sendo hoje a capitânia da Armada.
O São Paulo é o maior navio de guerra do hemisfério sul, com 265 m de comprimento e 33 mil toneladas de deslocamento à plena carga.
 O NAe (Navio Aeródromo) A-12 São Paulo, foi adquirido pela Marinha do Brasil, para substituir o já ultrapassado  Porta Aviões A-11, o saudoso Minas Gerais, comprado ainda nos anos 60 pelo estão presidente na época, Juscelino Kubitschek .
Apesar de já operar um Navio Porta Aviões desde os anos 60 quando o presidente Juscelino Kubitschek adquiriu junto a Real Marinha Inglesa o Porta Aviões A-11, Minas Gerais o ex-HMS Vengeance, a marinha do Brasil, só atingiu a capacidade plena de operação de porta-aviões, com a aquisição do antigo porta-aviões frances, Foch, da classe Clemanceau, atual A-12 São Paulo.
Quando a Marinha Brasileira comprou o Porta Aviões, a Marinha Francesa retirou todos os sistemas militares de defesa, sistemas anti-aéreos, o navio nos foi entregue praticamente somente a carcaça e os motores, era um simples navio civil que poderia operar aviões, no entanto é preciso destacar que nenhum sistema que o Porta Aviões Possuía era compatível com os usados pela Marinha Brasileira , e não era lógico possuir um Navio que era diferente dos demais, isso demandaria mão de obra especial e exclusiva ao Navio Aeródromo .

Operações 
Desde a sua incorporação, participou de diversas operações:
ARAEX-02 (operação conjunta com a Armada da Argentina),
URUEX-02 (operação conjunta com a Armada do Uruguai),
TEMPEREX-02,
TROPICALEX-02,
TROPICALEX-03,
ASPIRANTEX-03,
CATRAPO II/HELITRAPO II,
PASSEX (com o USS Ronald Reagan (CVN-76)), e
ESQUADREX-04.


Grupo Aéreo Embarcado 
O Grupo Aéreo Embarcado do São Paulo pode ser composto por uma combinação diferente de aeronaves de acordo com a missão. Um grupo típico poderia ser formado por 10 a 16aeronaves de ataque A-4 Skyhawk (AF-1), 4 a 6 SH-3A/B (ASH-3D/H) Sea King anti-submarino e 2 UH-13 Esquilo de emprego geral e/ou 3 UH-14 Super Puma.
Na prática, nas operações realizadas pela Marinha do Brasil, o número é bem mais reduzido por problemas na disponibilidade dos AF-1 e pelo tempo de uso dos Sea King.
Acidente, Reforma e Retorno 
Em 2005, um acidente ocasionou a morte de três tripulantes.1 Como causas, foram verificadas diversas deficiências que demandariam um período de manutenção prolongado no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro.

Acidentes, Reforma e Retorno
A Marinha tem dificuldades com a manutenção dos propulsores a vapor, usados para fazer o porta-aviões se mover, e com a rede elétrica. Faltam ainda peças de reposição e mão de obra capacitada para realizar consertos.
Esses são apenas alguns dos fatores que colocam em risco a vida da tripulação, de cerca de 2.450 Militares.
Em sete anos, quatro tripulantes morreram e 13 ficaram feridos em acidentes no porta-aviões. Houve pelo menos seis grandes incêndios.
No mais recente, em 21 de fevereiro, morreu o marinheiro Carlos Alexandre dos Santos Oliveira, 19. No acidente que matou o marinheiro Oliveira, a suspeita recai sobre a tinta usada nos dormitórios, segundo o Ministério Público Militar. De acordo com a Marinha, houve um curto-circuito em um ventilador.
Após cinco anos, em julho de 2010, o Nae São Paulo retornou ao setor operativo da esquadra revitalizado e com algumas modernizações. Quilômetros de tubulações de água, vapor e combustível foram substituídos, todo o seu convés foi raspado e recapeado, foram feitas obras estruturais nos conveses internos e externos. As catapultas e os sensores foram revitalizados. A propulsão passou por uma revisão geral, sendo que trabalhos foram realizados para solucionar a vibração em um dos eixos que causou a última docagem do navio. O sistema de ar condicionado foi modernizado e ampliado. Três lançadores Simbad para defesa aérea estão operacionais.
Voltou realizar testes fora da Doca, no final de Julho de 2010, e apesar da fumaça preta que foi vista a sair das suas chaminés, por ainda estar regulando seus queimadores, e procurando a mistura correta de ar/combustível para seus motores, estava muito bem encaminhado para voltar a testes de mar ainda em 2010.
Em 2011, passou por testes, através da Comissão de Inspeção e Assessoria de Adestramento (CIASA), para ser re-incorporado a Marinha do Brasil.
Há outros problemas. O esgoto produzido a bordo não é tratado. Calcula-se que 800 mil litros diários sejam jogados no mar, sem tratamento, em desacordo com qualquer norma ambiental.
Em nota, a Marinha confirma que o sistema de tratamento de esgoto do porta-aviões só será instalado em 2014.

Principais Características
NAe São Paulo (A-12)
Carreira     Data de encomenda: 1955
Construção: 15 de novembro de 1957,   França Lançamento: 23 de julho de 1960
Período de serviço:  
15 de julho de 1963 (Marinha da França), 
15 de novembro de 2000 (Marinha do Brasil) em serviço. Estado Ativo (Navio Capitânia do Brasil)
Deslocamento: 30 884t (padrão), 33 673t (plena carga)
Dimensões
Comprimento: 266 m
Boca: 51,2 m
Calado: 8,6 m
Convés de Voo: 266m
Propulsão:
6 caldeiras, 4 Turbinas e 2 propulsores
Velocidade máxima: 32 nós (55 km/h)
Autonomia: 7 500 km
Número de catapultas: 2
Tripulação: 1030 homens, mais 670 homens da ala aérea.
Aeronaves: pode transportar até 40 aeronaves de asa fixa e helicópteros.




Imagem Vitacy e Wikipédia, Vídeo You Tube.

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