quarta-feira, 15 de maio de 2013

Blindado Leopard 1A5 BR - Exército Brasileiro

Depois do breve histórico das VBC (Viatura Blindada de Choque) a serem estudadas, para iniciarmos a presente análise, recorreremos às características principais de um carro de combate, aquelas que lhe conferem a ação de choque. Ação de choque é o efeito resultante da associação entre a mobilidade e a potência de fogo, reforçada pela proteção blindada. Traduz-se no impacto físico e psicológico exercido sobre o inimigo, mediante fogos diretos potentes e desencadeados a distâncias curtas.

PROTEÇÃO BLINDADA
O grau de proteção proporcionada pela blindagem é um fator de sobrevivência nos campos de batalha. Normalmente, a proteção convencional de aço é capaz de impedir danos causados por projeteis de metralhadoras, pequenos canhões e granadas alto-explosivas de artilharia. Para proteção contra munição especializada anti-carro, um considerável reforço na blindagem torna-se necessário, envolvendo considerável aumento de peso.
 O Leopard 1 A5 possui blindagem de 70mm na parte frontal e 35mm nas laterais, além de uma blindagem adicional espaçada de 5mm, contra munição de carga oca, nas laterais e na torre. 

MOBILIDADE
 A despeito de todas as medidas de proteção, o fator que garantirá à VBC maior capacidade de sobrevivência é a sua mobilidade, ou seja, a capacidade de ultrapassar obstáculos, realizar manobras rápidas e atingir maiores velocidades em terreno desfavorável.
O Leopard 1 A5 é dotado de um motor de 830hp, que lhe confere uma relação peso/potência de 20hp/ton, lhe permitindo atingir velocidades de 45Km/h em terreno desfavorável e até 65Km/h em estradas.

PODER DE FOGO
O desempenho de um CC é diretamente proporcional ao seu calibre, à cadência de tiro, à capacidade do seu sistema de controle de fogo e à sua capacidade de busca, aquisição e transferência de objetivos.
O Leopard 1 A5 é dotado de um canhão de 105mm, raiado, modelo L7 A3 da Royal Ordnance, britânica..
O canhão raiado do 1 A5 e sua munição é mais cara que a convencional. Em contra partida, tem maior poder de penetração enquanto o 1 A5 o faz a 4000m. Na prática, estas distâncias não puderam ser confirmadas. Os impactos ao primeiro disparo mais longos realizados pelo autor foram de aproximadamente 2500m com o 1 A5.
A munição cartuchada afeta positivamente sua cadência de tiro, pois a necessidade de esvaziar o cesto do armamento, atividade esta que deve ser realizada a cada 3 ou 4 tiros, com o 1 A5. A munição pesada de 105mm dificulta a recarga.
Possui um bunker para o armazenamento da munição, com capacidade para 15 tiros, este proporciona segurança à tripulação, mas acarreta no aumento do tempo de recarga.
Sobre o sistema de controle de fogo, o EMES 18 do Leopard 1 A5 é uma cópia do EMES 15 da versão 2 A4. As diferenças são: a configuração das caixas, que no Leopard 2 A4 encontram-se melhor distribuídas, facilitando a operação e o fato de que o Leopard 1 A5 não possui o compensador de movimento.
O Leopard 1 A5 utiliza ainda a ultrapassada luneta TRP, que é manual, tanto o giro quanto o mecanismo para acoplamento ao canhão, e não pode ser utilizada com o CC em movimento, sob pena de queimá-la. A transferência de objetivos é realizada manualmente.
Em relação ao poder de fogo o 1 A5 é preciso e tem uma boa cadência de tiro, mesmo com a necessidade de descartar os estojos deflagrados. 

MODERNIZAÇÃO
Algum tempo depois de o exercito ter adquirido os Leopard 1A5 especialistas militares indicaram que os leopards poderiam ser modernizados no Brasil trazendo melhorias como uma copia do EE-T1 Osório como o seu motor de 1040 hp a sua torre armada com um canhão de 120mm Da Giat além de melhorias na blindagem não se sabe se estas são as intenções do exercito brasileiro.
O Leopard-1A5, é idêntico ao Leopard-1A3 e Leopard-1A4, sendo estes veículos evoluções relativamente pequenas uns dos outros.
A versão A5 do Leopard-1 tem a sua origem em 1983, quando foram feitos vários estudos no sentido de equipar os Leopard-1 alemães com um novo sistema de controlo de tiro mais moderno e capacidade para combate noturno, com novos sistemas de visão térmica.
Esses estudos levaram à incorporação do novo sistema de controlo de tiro EMES-18 da Rheinmetal, junto com um sistema óptico da Zeiss, os quais foram integrados com um sistema de visão térmica
Estes sistemas foram aplicados nos Leopard-1A3 e A4. Até 1992, 1300 carros de combate Leopard-1 de modelos mais antigos foram convertidos para o novo padrão A5.
Outros exércitos europeus, também efectuaram alterações idênticas, entre os quais se encontram o da Holanda, da Grécia e da Turquia.
A VBCCC Leopard 1A5 BR é a versão mais moderna da série Leopard 1, agregando, às características das versões anteriores, aperfeiçoamentos no sistema de tiro, de optrônica e de torre. Esta última encontra-se protegida com uma blindagem suplementar contra efeitos das granadas de carga oca.

DESENVOLVIMENTO
Leopard 1
O projeto do Leopard começou em novembro de 1956 para substituir os carros de combate M47 e M48 em uso no Exército da Alemanha Ocidental. O veículo deveria ser leve, resistir a tiros rápidos de 20mm de qualquer lado e ter proteção NBc. A mobilidade teve prioridade em relação ao poder de fogo e a blindagem, considerando-se as modernas armas antitanque. As primeiras entregas ocorreram em 1965 e diversos países europeus adquiriram o veículo. Por restrições impostas pela política de venda de armas da Alemanha, exportações para Grécia, Espanha e Chile foram vetadas, pois nesta época, tais países estavam sob regimes totalitários. Estes países acabaram por adquirir o AMX 30.
Leopard 1A1
Depois da entrega do primeiro lote, os três seguintes já foram do modeloLeopard 1A1. Esta versão inclui um novo sistema de estabilização do canhão, que efetivamente permite o tiro em movimento. O Leopard 1A1 também possui uma proteção ao longo das laterais para proteger a parte superior das lagartas.
Entre 1974 e 1977, todos os veículos foram atualizados para a versão 1A1A1 com blindagem adicional na torre. Em 1980, foram atualizados com o intensificador de imagens noturnas PZB 200, surgindo a versão 1A1A2. Uma alteração no sistema de rádio originou a 1A1A3.
Leopard 1A2
A versão seguinte do Leopard foi a 1A2 que fabricada entre 1972 e 1974. Esta versão possuía uma torre mais pesada e melhor blindada. Recebeu como atualização o intensificador de imagens noturnas PZB 200, versão 1A2A1, e rádios digitais, versão 1A2A2. OLeopard 1A2A3 tem ambas atualizações.
Leopard 1A3
A versão 1A3 teve a suspensão reforçada e uma proteção melhor para a sua nova torre com melhor blindagem. Recebeu as mesmas atualizações da versão 1A2: intensificador de imagens, 1A3A1; rádios digitais, versão 1A2A2; e ambas, 1A2A3.
Leopard 1A4
O versão 1A4 foi a última a ser produzida. É similar à versão A3, porém com um sistema integrado de controle de tiro.
Leopard 1A5
A partir de 1983, foram incorporados sistemas derivados daqueles desenvolvidos para o Leopard II, como o sistema de controle de tiro EMES-18 com telêmetro laser e visão termal para o combate noturno e o sistema ótico da Zeiss. Estas atualizações foram feitas em veículos das versões 1A3 e 1A4.

VARIANTES
VBCC – Viatura Blindada Carro de Combate
VBE Engenharia – Viatura Blindada Especializada de Engenharia
VBE Lançadora de Ponte – Viatura Blindada Especializada Lançadora de Ponte
VBE Socorro – Viatura Blindada Especializada de Socorro
VBE Escola – Viatura Blindada Especializada Escola


EMPREGO NO BRASIL
O Exército Brasileiro selecionou o Leopard e adquiriu 128 unidades usadas do Leopard 1A1 da Bélgica com treinamento, ferramental e peças. Interferências políticas levaram a aquisição de 91 carros de combate M60 dos EUA. Os 128 Leopards foram recebidos entre 1997 e 2000. Os M60 e os Leopards foram os primeiros MBTs (Main Battle Tank) do Exército, e causaram uma revolução no treinamento das equipagens e na estrutura de transporte, manutenção e suprimento
Além destes veículos, foram adquiridos 1 Leopard Escola, 2 Leopards viatura de socorro e dois Leopard Sabiex Hart
Um segundo lote foi adquirido em 2006. Estes veículos serão primeiramente manutenidos e entregues prontos para o combate até 2010. O Leopard 1A5 irá exercer a função atual da versão 1A1, como principais carros de combate brasileiros, enquanto os 1A1 e M60 substituirão os M41 remanescentes. Este lote sera composto por 250 Viaturas Blindadas de Combate Carro de Combate (VBC CC), sete Viaturas Blindadas Especializadas (VBE) Socorro, quatro VBE Lançadora de Ponte, quatro VBC Engenharia e quatro VBE Escola para Motorista.

OPERADORES
Alemanha (2437)
Austrália (90 Leopard 1A3)
Bélgica (334)
Brasil (128 Leopard 1A1 e 240 Leopard 1A5)
Canadá (114 C2 - 1A5 atualizado)
Chile (202 Leopard 1V, sendo substituídos pelo Leopard 2)
Dinamarca (230 Leopard 1A5s, 120 desses 1A5DK)
Grécia (335)
Itália (920)
Noruega (172)
Países Baixos (468)
Turquia (450)

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Leopard 1A5
Carro de combate médio 
Fabricante: KMW Kraus-Maffei Wegmann - Alemanha
Situação: Em serviço
Tripulação: 4 (comandante, motorista, atirador, auxiliar do atirador)
Comprimento: 7.09m 
Comprimento Incluindo canhão: 9.543m 
Largura: 3.25m
Altura: 2.764m
Peso vazio: 40400Kg
Peso preparado para combate: 42400Kg.
Sistema de tração: Lagartas
Motor MTU MB 838 CaM 500, 10-cilindros motor multi-fuel 830hp (620 kW) a 2200 RPM
Peso/potência 19,7 hp/tonelada
Capacidade de combustível 37,4 litros
Alcance Operacional 373 mi (600 km) estrada e 280 mi (450 km) cross-country
Velocidade 65 km/h estrada e 30 km/h terra
Tanque de combustível: 985 Litros
Blindagem do veículo Aço, 70 mm (máximo), 10mm (mínimo)
Armamento
Primário 1 x 105 mm Royal Ordnance L7A3 L/52, 55 munições
Armamento
Secundário 2 x 7,62 mm MG 3 (co-axial e para o aux. atirador)5.500 munições    


                                          



Imagem Área Militar, Vídeo You Tube.


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