quinta-feira, 11 de abril de 2013

F - 35 Aeronave Multifunção 5ª Geração

Com o objetivo de substituir diversos modelos de aviões de combate da marinha e da força aérea, por um avião que fosse capaz de sobreviver no campo de batalha do século 21, os programas de desenvolvimento de novos caças, em andamento na marinha norte americana (US Navy) e na força aérea norte americana (USAF) se uniram em um só programa que foi renomeado para Joint Stryke Fighter (caça de ataque conjunto). A Inglaterra entrou no programa do JSF, com a sua empresa Bristish Aerospace BAE, junto com a Lockheed Martin, porque ela precisava, também, substituir seus, já cansados, Harriers e Sea Harriers. O primeiro vôo da versão de produção do F-35 teve lugar em 15/12/2006 em Forth Worth, Texas, sede da lockheed Martin.
O F-35 A Lightning II ou F-35 Joint Strike Fighter é um programa que visa à produção de três aeronaves stealth multi-role fighters supersônicas, que fora desenvolvido para satisfazer as necessidades de uma transformação na nova geração de armamento dos governos dos Estados Unidos da América, do Reino Unido, da Holanda, Austrália, Canadá, Itália, Dinamarca, Noruega, Turquia e de outros compradores, como Israel.
O F-35 foi concebido como projeto de três caças de 5ª geração, CTOL F-35A JSF, STOVL F-35B JSF, CV F-35C JSF, de relativo baixo custo, para a Marinha, Força aérea e Marines dos Estados Unidos da América, pois englobar três aeronaves em um mesmo projeto atenuou os elevados custos de desenvolvimento comparado aos três separados.
As principais armas são transportadas em compartimentos internos, tendo assim maior de descrição. Mas armas adicionais podem ser transportadas externamente em missões se necessário.
Os modelos desenvolvidos no programa são o F-35A, F-35B e o F-35C.
Primeiro vôo do Modelo F-35A (AA-1) em 15 de dezembro de 2006.
Primeiro vôo do Modelo F-35B (BF-1) em 11 de junho de 2008.
Primeiro vôo do Modelo F-35C (CF-1) em 6 de junho de 2010.

Modelos
F-35A CTOL
Descolagem e aterragem convencional o faz-tudo.
Este poderia ser considerado o modelo mais básico da linha e também o mais versátil dos modelos. Ele é uma nave de classe CTOL (Conventional Take Off and Landing), desprovida do sistema de turbinas que tornou o F-35 tão famoso. Este caça de 5ª geração de operação convencional, furtivo, supersônico e habilitado para uma variedade de missões, possui uma capacidade extraordinária de aceleração e execução de manobras certificada até 9 G. O enorme poder de processamento instalado aliado a sensores eficazes tornam o F-35 um potente coletor e transmissor de dados numa vasta rede de informações. É assim uma excelente e indispensável ferramenta na defesa da soberania. Em compensação, ele é o modelo mais bem preparado para batalhas: além de ter um canhão GAU-22 25 mm extra, sua aceleração é a maior entre os F-35, permitindo que os pilotos realizem manobras que alcançam até 9 g.

F-35B STOVL
Descolagem curta e aterragem vertical metade caça, metade helicóptero.
Cada vez mais se colocam novos desafios de segurança, que exigem uma ampla distribuição de forças, capacitadas para intervir numa variedade alargada de cenários. A capacidade STOVL habilita o F-35B para operar numa multiplicidade de locais, como navios, estradas e bases aéreas rústicas. A operação STVOL tornou-se possível devido à utilização do sistema de propulsão patenteado "shaft-driven LiftFan", que em termos simplificados é a vetorização do fluxo de impulso através de eixos e ventoinhas, para partes distintas da aeronave. Esta abordagem supera muitos dos desafios de temperatura, velocidade e potência, colocados quando da utilização de sistemas de elevação direta. Os principais utilizadores são os Fuzileiros Norte-Americanos, a Força Aérea e Marinha do Reino Unido e a Marinha Italiana.
O astro da linha foi desenvolvido para poder pousar e levantar vôo em áreas pequenas demais para qualquer outro caça.
Sua versatilidade tem um preço: para que possa levantar vôo com facilidade, ele precisa ser extremamente leve, o que o obriga a ter menos espaço para armas que os outros F-35. Parte do tanque de combustível também foi sacrificada para diminuir ainda mais o peso, o que lhe dá uma autonomia menor.

F-35C CV
Versão para uso em Porta-Aviões.
Criado para ser usado em porta-aviões, é o primeiro avião furtivo e otimizado para uso naval ao serviço da Marinha Americana. Asas e superfícies de controlo maiores e a adição de ailerons na ponta das asas, mas que podem ser dobrados para ocupar menos espaço no navio. Proporcionam ao piloto do F-35C uma maior estabilidade e precisão na fase final de aproximação ao porta-aviões. O F-35C possui ainda, uma estrutura interna e trem de pouso reforçado, compatível com as forças exercidas durante os lançamentos por catapulta e aterrizagem usando cabos de retenção.


Cockipts
O F-35 é um avião extremamente moderno. Nele está sendo instalado o que há de mais avançado em aviônica, sensores e armamentos. No painel deste caça, já se observa a revolução que se tornará tendência nos próximos projetos de caças tripulados. De cara, o que chama a atenção das pessoas que já tem alguma familiarização com cockipts de aviões de combate, é a ausência do HUD ou tela acima da cabeça, que é o instrumento onde se faz a navegação e a mira nos caças anteriores. No F-35, essas informações estão apresentadas no próprio capacete do piloto, através do HMD ou tela montada no capacete, tecnologia já existente em muitos caças, mas com aplicações ainda limitadas às manobras de combate e que no F-35, será o substituto do HUD, por tanto com funções mais amplas. Outra diferença é a existência, no painel, de um único display MFD, de grande simensão, que apresenta todas as informações para o piloto, que antes tinha que olhar em 3 ou 5 MFDs. Um sistema de som em 3 D, montado dentro da cabine do piloto permitirá diminuir o tempo de reação em combate através de uma voz sintetizada, que será a voz do caça e que poderá alertar o piloto de ameaças que ele venha a sofrer. Por exemplo, se o caça alertar para uma ameaça às 9 horas, o som virá da esquerda do piloto, para que o piloto olhe instintivamente para esse lado.

Sensores
O radar desenvolvido para o F-35 é o Northrop Grumman AN/APG 81 do tipo AESA e que permitirá um desempenho de 165 Km de alcance de busca ar ar contra um alvo com 1 m2 de RCS (caças de 4º geração com tratamento para dificultarem sua detecção, como F/A-18E Super Hornet, Typhoon, JAS-39 Gripen) ou ainda 240 km contra um alvo com 5m2 de RCS (caças comuns como o F-15 Eagle, MIG-29, etc...). Este radar tem capacidade de busca ar terra simultaneamente com a busca ar ar, uma capacidade comum em radares AESA. Fora isso, esse radar pode ser usado para interferir nos radares inimigos, permitindo uma boa capacidade de guerra eletrônica.
Um dos sensores avançados instalado no F-35 é o AN/ AAQ-40 Electro-Optical Targeting System (EOTS), fabricado pela Lockheed. Esse sistema proporciona detecção passiva termal e designação de alvos por feixe laser. Outro sensor é o AAQ-37 DAS (Distributed Aperture System), que fornece visão a uma cobertura em 360º em volta da aeronave através de múltiplas pequenas câmeras infravermelhas. Esse sistema é usado para a navegação da aeronave, alerta de mísseis em aproximação e detecção de alvos. este sistema fornece um recurso inédito em aeronaves de combate que é a capacidade de o piloto enxergar através do piso do avião. As imagens geradas são mostradas no capacete HMD do piloto.
Ainda, tratando das capacidades dos sistema eletrônicos do F-35, foi instalado um sistema data link de comunicação segura avançado MADL (Multifunction advanced data Link) que permitirá a troca de informações do F-35 com outras aeronaves stealth, especificamente. Está previsto que em 2013 os caças F-22 também recebam este sistema para ampliar a integração do Raptor com os novos aviões F-35.

Armamento
O armamento usado pelo F-35 resulta da combinação de vários vetores que podem ser transportados internamente, para o que estão disponíveis dois porões, ou externamente onde existem quatro pontos de sustentação sob as asas, asas essas que possuem mais dois pontos de sustentação ligeiros e apenas dedicados a mísseis ar-ar (AIM). O armamento é comum às três versões, quase na sua totalidade e pode ser combinado da seguinte forma:

Interno
2x AIM-120C AMRAAM ou
2x AIM-132 ASRAAM e
2x AGM-154 JSOW ou (exceto F35B)
2x Brimstone ou
2x GBU-12 Paveway LGB ou
2x GBU-31/32/38 JDAM ou
8x GBU-39 SDB ou
2x CBU-87/89 CBU ou
2x CBU-103/104/105 WCMD

Externo
AGM-65 Maverick
AGM-88 HARM
AGM-158 JASSM
Storm Shadow
GBU-10 de dezembro de 2016/24 LGB
GBU-31 JDAM
Mk 82/83/84 GP
CBU-99/100 Rockeye II
- Em suportes dedicados:
2x AIM-9X Sidewinder ou
2x AIM-120B/C AMRAAM

Um canhão interno General Dynamics GAU-22/A de 25 mm com 4 canos giratórios que fornecem uma cadencia de 4200 tiros por minuto esta instalado no F-35A, sendo, porém transportado externamente nas outras versões do F-35, caso haja necessidade.
O armamento do F-35 pode ser transportado em 2 compartimentos internos montados embaixo de cada entrada de ar do motor, além dos 6 pontos fixos sob cada asa. As versões F-35A (decolagem convencional) e F-35C (versão operada em porta aviões) são capazes de transportar em cada um desses compartimentos internos uma bomba de 907 kg que pode ser da família JDAM ou a bomba planadora JSOW (450 kg), mais um míssil Raytheon AIM-120 Amraam de médio alcance. Já na versão F-35B (de decolagem curta e pouso vertical), o compartimento interno é capaz de transportar uma bomba de 450 kg mais um míssil Raytheon AIM-120 Amraam cada. Ainda pode ser transportadas quatro bombas de 130 kg, GBU-39 SDB, guiadas por GPS, em cada compartimento, aumentando a capacidade contra alvos múltiplos pois cada bomba SDB pode ser guiada de forma independente contra um alvo diferente.
Externamente, há 2 pontos duros em cada asa com capacidade individual de 2300 kg de cargas, além de um ponto na ponta de cada asa para lançamento de mísseis de curto alcance. Esses pontos externos só são usados quando não houver mais necessidade de usar a furtividade do avião, já que cargas externas causam um grande aumento na reflexão do eco radar. O armamento transportado externamente é mais variado e é composto por bombas guiadas a laser Paveway de todos os modelos e tamanhos; bombas de fragmentação CBU-99 Rockeye II e CBU-105. Tanques de combustível externo podem ser transportados nesses pontos sob as asas, também. Os novos mísseis anti-tanque Brimstone da Inglaterra, baseados no míssil norte americano Hellfire, também fazem parte do arsenal do F-35.
Para combate ar ar, além dos mísseis Raytheon AIM-9X Sidewinder e do AIM-120 Amraam , do mesmo fabricante, o F-35 terá integrado o novo míssil de médio alcance MBDA Meteor e o míssil AIM-132 Asraam de curto alcance.

STOVL
Não, isso não é um erro de digitação, mas sim a classe de veículo a que o F-35 pertence. Aeronaves do tipo STOVL (“Short Take Off and Vertical Landing” ou “Decolagem Curta e Aterragem Vertical”) conseguem levantar vôo em curtas distâncias e pousar verticalmente, como o próprio nome sugere.
É aqui que muitos podem pensar que isso não é “grande coisa”, já que o caça Sea Harrier, em serviço desde 1983, consegue levantar vôo e pousar verticalmente. Mas esse Harrier é considerado extremamente problemático, uma vez que seu sistema de propulsão direta causa várias complicações de temperatura, velocidade e potência.
Para evitar o mesmo erro do Harrier, o Lightning II usa um sistema patenteado, chamado “shaft-driven LiftFan”. Ele consiste em uma turbina instalada logo atrás da cabine, que dá propulsão vertical extra para que o avião levante vôo em apenas alguns metros.
Já na hora do pouso, a situação é um pouco diferente: para manter a estabilidade na descida, três tubos direcionam a propulsão gerada pela turbina principal, de forma que ela vá para baixo.
Por que tantas portas abrindo?
Ao ver o F-35 pousando, é provável que você se pergunte o motivo para todos os compartimentos inferiores ficarem abertos durante o processo.
A resposta é bastante simples: deixando o maior número de portas abertas no veículo, a resistência do ar contra o caça aumenta, ao mesmo tempo em que isso cria uma “almofada de ar” sob ele. Assim, o piloto consegue manter ainda mais estabilidade durante os pousos.
Sempre informado.

Transmissão de Dados
Como todo bom caça de espionagem, o F-35 está conectado o tempo todo com seu centro de operações. Ele é capaz de transmitir as informações para qualquer local, seja uma base terrestre, um navio de guerra, outros aviões ou até mesmo satélites.
Os dados que ele pode enviar permitem que qualquer perigo possa ser neutralizado com facilidade, graças aos diversos sensores espalhados por toda a estrutura do caça. Eles captam absolutamente tudo o que está acontecendo na terra e no ar a 360°, seja na forma de um mapa detalhado ou como imagens em tempo real.
Todas essas informações podem ser acessadas pelo piloto. Mas diferente do que ocorre nos caças comuns, os dados coletados não são exibidos em painéis, e sim diretamente no visor do capacete do soldado.
As informações não se resumem apenas ao que está ao redor do F-35, como também do estado do próprio veículo. Seu interior também está repleto de sensores que enviam avisos sempre que qualquer peça apresente problemas no funcionamento, por menor que ela seja.
Assim, não há necessidade de deixar o caça inativo por longos períodos apenas para uma inspeção. Basta chegar até a peça com defeito e consertá-la.

Principais Características
Primeiro vôo                                       F-35A Outubro 2000 F-35 B Junho 2001 F-35C Dezembro 2000
Tripulação                                                         1 Piloto                     1 piloto                   1 Piloto
Comprimento                                                    15,4 m                      15,4 m                    15,5 m
Largura                                                             10,7 m                      10,7 m                    13,1 m /9,1 m c/ asas dobradas
Altura                                                                4,6 m                         4,6 m                      4,7 m
Área asas                                                         42,7 m²                     42,7 m²                   57,6 m²
Peso vazio                                                          9,980 kg                 10,660 kg               10,885 kg
Máxi. à descolagem                                          22,680 kg                 22,680 kg               22,680 kg
Combustível interno                                            8,390 kg                   6,045 kg                 8,900 kg
Carga máxima                                                    5,895 kg                   4,990 kg                 7,710 kg
Carga Max. vs. avião substituído                        1.4 X                         2.0 X                     1.3 X
Velocidade máx. em altitude           Mach 1.5 / Mach 1.8+   Mach 1.5 / Mach 1.8+  Mach 1.5 / Mach 1.8+
Alcance                                                             2.000 km                   3.000 km                3.000 km
Alcance só Combustível Interno                         2.220 km                   1.660 km                2.600 km
Raio de Combate                                              1.090 km                      833 km                1.111 km
Alcance vs. avião Substituído                             2.5 X                         1.8 X                      2.0 X
Limite carga                                                      G 9.0                          G 7.0                     G 7.5 G
Missões / Dia                                     3 breves/2 sustentadas 4 breves/3 sustentadas 3 breves/2 sustentadas
Canhão                            one 25-mm GAU-12 one 25-mm GAU-12 externo one 25-mm GAU-12 externo
Quantidade Munições                                          180 tiros                     220 tiros                  220 tiros




Imagem Wikipédia, Vídeo You Tube.

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