segunda-feira, 17 de setembro de 2012

AMX International AMX

A aeronave A-1, ou AMX como é popularmente conhecida, é um caça-bombardeio-reconhecedor-leve é um avião de ataque ar-superfície usado para missões de interdição, apoio aéreo aproximado e reconhecimento aéreo. Foi projetado, desenvolvido e produzido por um consórcio formado entre as empresas Embraer, Alenia e Aermacchi, dentro do contexto de um Programa Conjunto entre o Brasil e a Itália. É uma excelente aeronave de ataque e reconhecimento, que por suas características tecnológicas e capacidade operacional, colocou a FAB em posição destacada no cenário militar da América do Sul. O AMX é capaz de operar em altas velocidades subsônicas a baixa altitude, tanto de dia quanto de noite, e se necessário, a partir de bases pouco equipadas ou com pistas danificadas, além da capacidade de reabastecimento em vôo, o que lhe permite alcançar pontos distantes com alto valor estratégico.. O caça conta com relativamente baixa assinatura em infravermelho e reduzida secção frontal ao radar, para melhorar seu percentual de sucesso nas missões. Está equipado com uma aviônica relativamente moderna, lhe garante a utilização de uma vasta gama de armamentos, cuja precisão é garantida por meio dos seus sistemas e computadores de bordo. A auto-defesa é proporcionada por mísseis ar-ar, canhões integrados e sistemas de contramedidas eletrônicas.

Desenvolvimento
Em 1977, a Força Aérea Italiana efetuou um requerimento para um caça-bombardeiro para substituir seus Aeritalia G.91 e alguns de seus F-104 Starfighter. Em vez de competir entre si pelo contrato, a Aeritalia (agora Alenia Aeronautica) e a Aermacchi concordaram em fazer uma proposta conjunta, já que ambas as companhias estavam considerando o desenvolvimento de uma classe similar de aviões por alguns anos. Os trabalhos de desenvolvimento iniciaram em abril de 1978. Em 27 de março de 1981, o governo italiano e o governo do Brasil concluíram um acordo de requerimentos conjuntos para as aeronaves, e a Embraer foi convidada a se juntar ao programa em julho do mesmo ano. O primeiro protótipo voou em 15 de maio de 1984. Embora esse exemplar tenha sido perdido durante o seu quinto voo (matando seu piloto), o programa de testes foi considerado tranquilo. A produção em série foi iniciada na metade de 1986, com os primeiros exemplares entregues à Força Aérea Italiana e à Força Aérea Brasileira em 1989. Desde então, ao redor de 200 AMXs foram construídos.

Os AMX em ação
Em 1999, o AMX, que na Itália é conhecido como "Ghibli" (nome de um vento que sopra da Líbia para a Europa), cumpriu 274 missões em 1.200 horas de combate na guerra do Kosovo em 1999, como parte da Operação Allied Force com aproveitamento efetivo de 99,5%, sem nenhuma aeronave perdida. A AMI (Força Aérea Italiana) empregou munições guiadas, de origem israelense, nas missões em apoio às operações da OTAN, quando destruíram estações de radar das forças sérvias voando a menos de 100 metros e a 900 km/hora. No total, foram 180 missões nos Balcãs, com 95% de sucessos. Os AMX brasileiros também mostraram sua capacidade nas manobras Red Flag, em Nellis nos EUA. Em agosto de 1998, seis AMX do primeiro lote e 22 pilotos voaram 52 saídas de ataque em 18 missões nas duas últimas semanas da operação. Os AMX atuaram junto com os F-5E Tiger III chilenos, F-16A/B MLU belgas e holandeses, CF-18 canadenses e caça americanos. Os AMX acertaram mais de 75% dos alvos contra uma média de 60% dos outros participantes, penetrando defesas em terra e no ar. Nenhum AMX foi "derrubado" e ainda conseguiram duas vitórias contra os caças inimigos, que tentaram interceptá-los a baixa altitude. Os pilotos aprenderam táticas como "dog legs", "action point" e "cross viper", que agora são usadas extensivamente. Os pilotos de F-16 da Guarda Nacional Americana apelidaram o AMX da FAB de "The Bee" (a abelha), após serem derrubados duas vezes em 1994 na Operação Tiger I em Natal. Nenhum dos nossos AMX foi derrubado nesta operação.
Os AMX da FAB também já podem ter entrado em ação. Dois AMX da FAB podem ter atacado posições da FARC em território colombiano em 1999 durante a operação Querari. Em 2003 os AMX foram usados para bombardear pistas clandestinas na Amazônia. Atualmente o AMX é o vetor aeroestratégico da FAB. Um ensaio decisivo foi realizado em agosto de 2004, quando dois deles saíram da base de Santa Maria, RS e permaneceram no ar, por mais de 10 horas ininterruptas, realizando 3 reabastecimentos em vôo. Cobriram 6.900 Km, não foram detectados e teriam destruído qualquer alvo na América Latina ou até mesmo chegado à África.
A AMI (Força Aérea Italiana) têm ao todo 136 caças distribuídos em 3 esquadrões operacionais, que utilizam 110 AMX monoplace e um esquadrão de conversão com 26 AMX-T biplace).
A FAB tem 54 A-1, sendo 43 monoplace e 11 biplace, divididos em três esquadrões operacionais:

Modernização
Responsável pela entrada em serviço de novas tecnologias como o HUD (Head-up Display), HOTAS (Hands on Throttle and Sticks), MFD (Multi-functional Display) e o RWR (Radar Warning Receiver) esta previsto um programa de modernização dos caças AMX no mesmo padrão das modernizações do A-29 e F-5M. A empresa Elbit foi contratada para ficar responsável pela modernização dos vetores de combate. [1] Na nova versão do AMX, o radar atual vai dar lugar a um sofisticado SCP-01, fabricado em São José dos Campos pela Mectron. Os dados de desempenho do equipamento são considerados sigilosos. Os pilotos passarão a contar com um avançado centro eletrônico de gerenciamento de combate e um designador laser para dirigir bombas inteligentes e mísseis ar-terra de precisão. Uma das vantagens, apontadas pela Embraer, para programa ser realizado em Gavião Peixoto é que mais de 90% dos equipamentos previstos na modernização dos AMX serão produzidos no Brasil pela Aeroeletrônica, de Porto Alegre. A empresa pertence à empresa israelense Elbit, subcontratada da Embraer no programa de modernização dos F-5 BR e na produção do ALX Super Tucano. A interface homem-máquina também será melhorada com uso de tecnologia HOTAS (mãos nos aceleradores e manche), novo HUD com campo de visão de 24 graus, 2 mostradores multi-funcionais (MFCD) de 152x208 mm e um MFCD de 104 x127 mm. A cabine terá novos sistemas e iluminação compatível com uso de óculos de visão noturna (NVG).
A aeronave receberá um novo sistema de geração de oxigênio interno OBOGS (On Board Oxygen Generating System - Sistema Aeroembarcado de Geração de Oxigênio) produz O2 de forma autônoma, sem necessidade de equipamento no solo, prmitindo manter a aeronave no ar por longos períodos.
Um mostrador montado no capacete (HMD) modelo DASH 4 israelense também irá equipar a aeronave. Cada um custa US$ 21 mil e mostra todos dados vitais de vôo e informações do alvo no visor do piloto, sem que ele precise abaixar a cabeça. Isto é muito importante em vôo a baixa altitude.
Os sistemas defensivos incluirão um novo receptor de aviso de radar (RWR) no lugar do ELT-56X usado atualmente e serão instalados lançadores internos de Chaff/Flare. O RWR poderá lançar chaffs automaticamente (Automatic Flare Release). O programa prevê o investimento de US$ 400 milhões ao longo de 5 anos para a modernização dos 43[2] Caças AMX A-1.
O Programa prevê :
• Substituição do atual radar pelo Radar SCP-01, fabricado pela Mectron, de São José dos Campos.
• Novo sistema de geração de oxigênio (OBOGS).
• Novos MFDs
• Iluminação compatível com o uso de óculos de visão noturna.
• Visor montado no capacete.
• Novo RWR.
• Lançadores Chaff/Flare, com lançamento automático.[3]

Características

• Tripulantes: 1 - AMX, 2 - AMX-T (Versão biplace de treinamento/operacional)
• Comprimento: 13,23 m
• Envergadura: 8,87 m
• Altura: 4,55 m
• Peso vazio: 6.730 kg
• Peso carregado: 10.750 kg
• Peso máximo: 13.000 kg
• Motor: um turbofan Rolls-Royce Spey 807
• Empuxo: 4994 kgf (11.000 lbf)

Desempenho
• Velocidade máxima: 1.020 km/h
• Alcance: 3.330 km
• Teto de serviço: 13.000 m (42.600 pés)
• Razão de ascensão: 10.240 pés/min
• Relação empuxo/peso: 0,47
• Decolagem: 631 m (com peso de 10.750 Kg) e Pouso: 753 m (a partir de 15 m de altitude)

Armamento
• 1 canhão rotativo de 20 mm M61 Vulcan (aviões italianos) ou 2 canhões de 30 mm DEFA 554 (aviões brasileiros)
• 2 mísseis ar-ar AIM-9 Sidewinder ou MAA-1 Piranha nos trilhos das pontas das asas
• 3.800 kg de carga bélica em 5 pontos duros, incluindo bombas de emprego geral e bombas guiadas por laser, mísseis ar-superfície, foguetes e pods de reconhecimento.
- bombas de emprego geral Mk.82, Mk.83 e Mk.84
- bombas de fragmentação BAFG-230, 460 e 920
- bombas incendiárias BINC-300
- bombas lança-granadas BLG-252
- bombas anti-pista BAPI
- foguetes não-guiados SBAT 70mm (tubo com 19)
- dispenser de treinamento SUU-20
• Pontos de Fixação: - duplo "pylon" sob a fuselagem
- 4 pontos "duros" sob as asas
- 2 trilhos de ponta de asa para mísseis ar-ar





Imagem Wikipédia, Vídeo youtube.





Nenhum comentário:

Postar um comentário